Desconstruindo a Ideia do “Oriente Médio” e Examinando o Racismo Cartográfico
Ao longo dos anos, o termo “Oriente Médio” se enraizou em nossa linguagem e consciência coletiva, mas é importante questionar essa nomenclatura, pois ela não apenas carece de precisão geográfica, mas também reflete um viés histórico e cultural profundamente arraigado. A região que comumente chamamos de “Oriente Médio” é mais adequadamente denominada Ásia Ocidental, uma mudança de nome que reflete uma visão mais precisa e respeitosa da geografia global.
Primeiramente, o termo “Oriente Médio” é eurocêntrico e perpetua uma perspectiva geográfica enviesada. Classificar a região composta por países como Irã, Iraque, Arábia Saudita e outros como o “Oriente Médio” implica que o mundo deve ser visto a partir de uma perspectiva europeia, onde o que está a leste da Europa é considerado “oriental”. Isso reforça a ideia de que o Ocidente é o centro do mundo, enquanto outras regiões são vistas como marginais.
Em contraste, a designação “Ásia Ocidental” é mais precisa e respeitosa da geografia. Ela reconhece que essa região faz parte do continente asiático, proporcionando uma compreensão mais exata de sua localização geográfica. Também é importante notar que os países da Ásia Ocidental têm culturas ricas, história e contribuições significativas para a humanidade que não podem ser reduzidas a uma simples localização “média” em relação à Europa.
Outro aspecto fundamental a ser destacado é a relação entre o racismo cartográfico e o eurocentrismo. A divisão geográfica do mundo frequentemente se baseia em conceitos eurocêntricos e nas perspectivas dos colonizadores e invasores europeus. O Egito, por exemplo, foi historicamente chamado de “Egito” pelos gregos, mas a civilização africana egípcia, conhecida como Kemet em sua própria língua, tem uma história rica que remonta a milênios antes da chegada dos gregos.
O racismo cartográfico é evidente na forma como as fronteiras e os nomes das regiões foram definidos por colonizadores e exploradores europeus sem levar em consideração as perspectivas e identidades das populações locais. Essas distorções geográficas frequentemente serviam aos interesses coloniais e imperialistas das potências europeias, contribuindo para a subjugação e exploração de terras e culturas não europeias.
Em conclusão, questionar o uso do termo “Oriente Médio” em favor de “Ásia Ocidental” não é apenas uma questão de precisão geográfica, mas também uma rejeição do eurocentrismo e do racismo cartográfico. É uma chamada para reconhecer as culturas e as identidades únicas dessas regiões, bem como para rejeitar as perspectivas eurocêntricas que perpetuam desigualdades e preconceitos culturais. É hora de adotar uma visão mais precisa e respeitosa do mundo e suas diversas regiões.
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